A Câmara de Representantes (baixa) dos Estados Unidos aprovou, nesta quarta-feira (1º), a ampliação da definição de antissemitismo, usada pelo Departamento de Educação, uma medida proposta em reação aos protestos pró-palestinos em universidades de todo o país.

Parte dos políticos americanos acusa os manifestantes universitários de praticarem "antissemitismo". Eles se baseiam no fato de proferirem lemas hostis a Israel, grande aliado dos Estados Unidos no Oriente Médio.

O projeto de lei, aprovado à tarde pelos congressistas democratas e republicanos, usa a definição de antissemitismo proposta pela Aliança Internacional de Memória do Holocausto (IHRA, na sigla em inglês). 

Segundo esta última, "o antissemitismo é uma certa percepção dos judeus que pode se manifestar em ódio em relação a eles".

"As manifestações retóricas e físicas do antissemitismo têm como alvo pessoas judias ou não, ou suas propriedades, instituições comunitárias e locais de culto". 

Os críticos do projeto de lei acreditam que esta definição impede certas críticas ao Estado de Israel. A IHRA nega. 

Eles acusam os congressistas de pressionarem pela adoção da lei a fim de limitar a liberdade de expressão nas universidades americanas.

"O discurso crítico a Israel por si só não constitui discriminação ilegal. O projeto de lei é amplo demais", avaliou o congressista democrata Jerry Nadler, contrário ao texto. 

Para entrar em vigor, esta medida ainda deve ser aprovada no Senado, onde seu futuro é incerto, e posteriormente, promulgada pelo presidente Joe Biden.

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