A Unesco atribuiu, nesta quinta-feira (2), o Prêmio Mundial para a Liberdade de Imprensa a todos os jornalistas palestinos que cobrem a guerra na Faixa de Gaza, dizimada durante os quase sete meses da ofensiva israelense para 'aniquilar' o Hamas, como resposta ao ataque perpetrado pelo movimento islamista em 7 de outubro.

“Nestes tempos de escuridão e desesperança, queremos transmitir uma forte mensagem de solidariedade e reconhecimento aos jornalistas palestinos que cobrem esta crise em circunstâncias tão dramáticas”, declarou o chileno Mauricio Weibel, presidente do Júri Internacional de profissionais dos meios de comunicação. 

“Como humanidade, temos uma dívida enorme com a sua coragem e o seu compromisso com a liberdade de expressão”, acrescentou em um comunicado. Audrey Azoulay, Diretora Geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, destacou “a importância do compromisso coletivo para garantir que os jornalistas de todo o mundo possam continuar a realizar o seu trabalho essencial de reportagem e investigação”.

De acordo com o Comité para a Proteção dos Jornalistas (CPJ), com sede em Nova York, pelo menos 97 repórteres, a maioria (92) palestinos, foram mortos desde que a guerra entre Israel e o Hamas eclodiu, em 7 de outubro. Outros 16 ficaram feridos. 

O conflito teve início quando milicianos do Hamas atacaram o sul de Israel, matando 1.170 pessoas, a maioria civis, segundo um balanço da AFP baseado em dados israelenses. Mais de 250 pessoas foram sequestradas, das quais 129 permaneceriam em Gaza e 34 teriam morrido, de acordo com estimativas de Israel. 

A ofensiva israelense já deixou 34.596 mortos no territorio palestino, a maioria civis, segundo o Ministério da Saúde de Gaza.

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