O Parlamento ucraniano aprovou, nesta quarta-feira (8), um projeto de lei que permitirá o recrutamento de certas categorias de prisioneiros pelo Exército em troca de uma anistia, no momento em que Kiev tenta mobilizar mais soldados contra a Rússia. 

A Ucrânia, que se opôs durante um longo tempo a essa medida e criticou a mobilização de prisioneiros por parte da Rússia para substituir as baixas, deu uma guinada de 180 graus ante os novos avanços russos na frente de batalha.

"O Parlamento votou 'sim'", indicou no Facebook a deputada Olena Shulyak, do partido do presidente Volodimir Zelensky, afirmando que o texto foi adotado por 279 votos a favor em segunda leitura. 

"O projeto de lei abre a possibilidade de se alistar nas Forças de Defesa certas categorias de presos que expressaram o desejo de defender o seu país", declarou. 

A medida afetará apenas os presos que forem voluntários e não será aplicável às condenações por crimes graves como homicídio, violência sexual ou ataques à segurança nacional. 

Somente os presos cujas penas restam menos de três anos de condenação poderão ser mobilizados. 

O presidente do Parlamento ucraniano e Zelensky devem assinar a lei antes de que ela entre em vigor.

A Rússia recrutou dezenas de milhares de prisioneiros para servir na frente de batalha desde que lançou sua invasão em fevereiro de 2022, oferecendo inicialmente indultos presidenciais. 

Após mais de dois anos de resistência, a Ucrânia enfrenta uma escassez de soldados e armas frente a um Exército russo mais numeroso. 

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