Uma grande ofensiva de Israel em Rafah, na Faixa de Gaza, causaria "caos" e "anarquia", mas não eliminaria o Hamas, alertou o chefe da diplomacia dos Estados Unidos, Antony Blinken, neste domingo (12), destacando que a guerra matou mais civis do que membros do movimento islamista palestino.

O plano de Israel em Rafah "corre o risco de causar enormes danos à população civil sem, no entanto, resolver o problema", disse o secretário de Estado ao canal NBC. "Continuará a haver milhares de membros armados do Hamas."

Uma operação israelense nessa cidade superlotada no sul do território palestino poderia criar "o caos" e a "anarquia" e, depois de algum tempo, o retorno da organização islamista, estimou.

"Vimos o Hamas voltar às áreas que Israel libertou no norte, inclusive em Khan Yunis", localidade em ruínas perto de Rafah, acrescentou o funcionário americano.

Os Estados Unidos ameaçaram publicamente suspender a entrega de algumas categorias de armas a Israel, como obuses de artilharia, se o país lançar uma grande ofensiva em Rafah, à qual o presidente Joe Biden se opõe.

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