Os grandes bancos do planeta, em particular os dos Estados Unidos e do Japão, distribuíram mais de 700 bilhões de dólares (3,6 trilhões de reais) no ano passado em apoio aos combustíveis fósseis, informou um consórcio de ONGs nesta segunda-feira.

"Os bancos devem parar, em caráter de urgência, de financiar a expansão do petróleo e gás e favorecer o financiamento de energias sustentáveis para a produção de energia elétrica", afirmou Lucie Pinson, fundadora e diretora da Reclaim Finance, citada em um comunicado.

Desde a assinatura do Acordo do Clima de Paris em 2015, que tem como objetivo limitar o aquecimento global a 1,5ºC na comparação com a era pré-industrial (1850-1900), quase 6,9 trilhões de dólares (35 trilhões de reais) em empréstimos, emissões de títulos ou bônus foram direcionados para empresas de petróleo, gás e carvão, indica a edição mais recente do relatório "Banking on Climate Chaos". 

Os quase 60 bancos analisados no relatório totalizaram 705,8 bilhões de dólares no ano passado em diversas formas de apoio financeiro ao setor, uma queda de 9,5% na comparação com 2022. 

O banco americano JPMorgan é o que mais apoia o setor de combustíveis fósseis, com quase 41 bilhões de dólares (R$ 211 bilhões) no ano passado (+5,4%), à frente dos japoneses Mizuho e MUFG, segundo os dados compilados por oito ONGs, entre incluindo Rainforest Action Network, Reclaim Finance e Urgewald. 

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