O presidente dos Estados Unidos, o democrata Joe Biden, desafiou nesta quarta-feira (15) Donald Trump para dois debates antes das eleições de novembro e o rival republicano aceitou de maneira imediata.

"Estou pronto e com disposição", respondeu Trump em sua rede Truth Social ao desafio de Biden. "Vamos nos preparar para a batalha", acrescentou.

Após meses de incerteza sobre a realização dos tradicionais debates em 2024, Biden propôs ao rival dois encontros.

"Faça o meu dia, amigo. Eu participarei duas vezes, inclusive", disse Biden em um vídeo publicado na rede social X.

"Então, vamos escolher as datas, Donald. Ouvi que você está livre às quartas-feiras", acrescentou o presidente com tom de ironia, em uma referência aos dias de recesso no tribunal de Nova York em que o ex-presidente é julgado há mais de um mês.

Biden evitou os três encontros propostos pela comissão bipartidária de debates eleitorais nos Estados Unidos e optou por dois embates, em junho e setembro, sem plateia e organizados pelos meios de comunicação.

"Donald Trump perdeu dois debates para mim em 2020. Desde então, ele não compareceu a nenhum debate. Agora ele está agindo como se quisesse debater comigo novamente", afirmou Biden no vídeo.

No Truth Social, o ex-presidente descreveu Biden como "o PIOR debatedor" que ele já "enfrentou" e, depois de confirmar sua disposição de debater nos "dois horários propostos", ele pediu um "local muito grande, embora Biden supostamente tenha medo de multidões". 

- Cronograma -

Simultaneamente, a campanha de Biden enviou uma carta à Comissão de Debates Eleitorais dos EUA informando que ela rejeitou sua programação para três debates entre setembro e outubro. 

Nela, a gerente de campanha Jen O'Malley Dillon indicou que Biden planeja participar de debates organizados por redes de televisão. 

O'Malley acrescentou que o formato atual, que tem sido o mesmo há muitos anos, "está fora de sintonia com as mudanças na estrutura de nossas eleições e com os interesses dos eleitores". 

A equipe de campanha de Biden propôs o primeiro debate presencial no final de junho "depois que o julgamento criminal de Donald Trump em Nova York provavelmente terminar e depois que o presidente Biden retornar de sua reunião com líderes mundiais na Cúpula do G7". 

O segundo deve ser no início de setembro, o que seria a tempo de influenciar a votação antecipada, mas não manteria os candidatos fora da trilha da campanha no "período crítico do final de setembro e outubro". 

A carta também propõe regras rígidas para os debates, incluindo a manutenção dos microfones dos candidatos desligados fora do tempo estipulado, para evitar que falem uns sobre os outros.

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