O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, acusou, nesta sexta-feira (17), seu adversário nas próximas eleições, Donald Trump, de suprimir a diversidade, durante discurso em um museu de Washington que faz parte de uma série de atos para mobilizar o voto afro-americano para as eleições de novembro.

Em seu pronunciamento no Museu Nacional de História e Cultura Afro-Americana em Washington, o democrata de 81 anos disse que o republicano "extremista" e seus aliados tentam "apagar a história".

"Meu antecessor e seus amigos MAGA extremistas vão perseguir agora a diversidade, a igualdade e a inclusão em todos os Estados Unidos", disse Biden, em referência ao movimento trumpista "Make America Great Again" (Tornemos os Estados Unidos grandes de novo, em tradução livre) conhecido pela sigla MAGA.

"Eles querem um país para alguns, e não para todos", disse o democrata no museu inaugurado em 2016 por Barack Obama, o primeiro presidente negro dos Estados Unidos.

Ele também criticou a "extremista" Suprema Corte dos Estados Unidos que, com três juízes nomeados por Trump, emitiu uma série de sentenças polêmicas sobre aborto, direito a voto e diversidade.

Este é o último discurso de uma série de atos esta semana que comemoram oficialmente o 70º aniversário da sentença da Suprema Corte dos Estados Unidos que pôs fim à segregação racial nas escolas.

Segundo várias pesquisas recentes, Joe Biden segue contando com o apoio majoritário do eleitorado afro-americano, mas uma parte está virando as costas para ele, especialmente os mais jovens, em alguns estados em disputa.

A mobilização dos afro-americanos foi decisiva em sua vitória contra Trump em 2020. Biden obteve 92% dos votos desse eleitorado, contra 8% de seu rival republicano, segundo o instituto Pew Research.

Na quinta-feira, no Salão Oval da Casa Branca, Biden recebeu figuras-chave e familiares dos demandantes no caso judicial que, em 1954, estabeleceu que a separação entre alunos brancos e negros nas escolas violava a Constituição.

Nesta sexta, Biden e a vice-presidente Kamala Harris - a primeira vice-presidente negra, de ascendência indiana e mulher na história dos Estados Unidos - vão se reunir com representantes das Divine Nine, as fraternidades e irmandades típicas das universidades americanas fundadas por estudantes negros.

Por último, no domingo, o presidente deve discursar na cerimônia de graduação da Universidade Morehouse de Atlanta (sudeste), onde estudou Martin Luther King Jr., o grande líder da luta pelos direitos civis nos anos 1960.

Em seguida, Biden viajará a Detroit, onde se dirigirá à Associação Nacional para o Progresso de Pessoas de Cor (NAACP), o principal grupo de direitos civis do país.

"Nos reunimos com os eleitores negros onde eles estão", disse Trey Baker, principal assessor de campanha de Biden, em um e-mail.

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