O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, substituiu, nesta segunda-feira (20), o comandante do Exército, general Luis Ospina, questionado pelo deterioração da segurança e suspeito de utilizar ilegalmente os serviços de inteligência. 

Petro e o ministro da Defesa colombiano, Iván Velásquez, "nomearam o major-general Luis Emilio Cardozo Santamaría como o novo comandante do Exército", afirmou a pasta em um comunicado. 

A nota não especifica os motivos da saída de Ospina, que comandava a força desde que Petro chegou ao poder em agosto de 2022. 

O general foi fortemente criticado pela oposição e por especialistas devido aos constantes ataques de grupos de narcotraficantes e guerrilheiros, como os dissidentes do ELN e das Farc que não aceitaram o acordo de paz de 2016, contra as forças públicas e a população civil. 

No comunicado, o governo acrescentou estar confiante "de que a vasta experiência e liderança" do general Cardozo "será fundamental para continuar fortalecendo segurança e a defesa da nação". Ospina enfrentou vários escândalos como comandante do Exército. 

Em 2023, a Procuradoria-Geral da Nação, órgão que sanciona funcionários na Colômbia, abriu uma investigação contra o general pelo suposto uso dos serviços de inteligência para fins pessoais. 

Segundo relatos da imprensa, o general, por motivos de ciúmes, ordenou a interceptação ilegal das conversas do professor de inglês de sua esposa. 

Na semana passada, os meios de comunicação revelaram que Ospina também é investigado por supostamente acusar falsamente um outro general de possuir laços com dissidentes das Farc. 

O subdiretor do Batalhão de Contrainteligência Militar, Camilo Osorio, também é alvo de investigações neste caso. 

As Forças Armadas da Colômbia acumulam mais de meio século de guerra contra guerrilhas e outros grupos de tráfico de drogas, em um conflito que já deixou pelo menos nove milhões de vítimas, a maioria delas deslocadas e assassinadas.

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