As autoridades do México investigam a morte de dezenas de macacos bugio, uma espécie considerada em risco de extinção, e as altas temperaturas são a causa mais provável, informou nesta segunda-feira (20) a Secretaria de Meio Ambiente.
"Até o momento, há diversas hipóteses" sobre o falecimento dos primatas, "como golpes de calor, desidratação, desnutrição e fumigação de plantações com agrotóxicos", disse a pasta em um comunicado.
As mortes aconteceram em Chiapas e Tabasco, estados com florestas no sul do país, onde foram registradas recentemente temperaturas máximas de até 45 graus Celsius, acrescentou a secretaria, que cataloga essa espécie como em "perigo de extinção".
"O calor está muito forte, [...] nunca havia sentido tanto como agora", disse o presidente Andrés Manuel López Obrador ao ser questionado sobre o tema, durante sua habitual coletiva matinal.
López Obrador, que é de Tabasco, afirmou que seu governo ajudará um veterinário que, segundo imagens divulgadas nas redes sociais, está atendendo uma dezena de macacos desidratados levados pelos moradores.
De acordo com a imprensa, ao menos 80 macacos caíram mortos das árvores desde o início do mês, embora as autoridades não tenham fornecido um número.
Em Tabasco, foi iniciada uma campanha para ajudar esses animais, deixando para eles "bebedouros de água, alimentos e frutas para que se mantenham hidratados", indicou a mídia local.
As altas temperaturas provocaram recordes de calor no México. Em Gallinas, no estado de San Luis Potosí (norte), o termômetro chegou aos 49,6°C em 10 de maio.
Além disso, a onda de calor provocou a redução dos níveis de várias presas e, segundo relatos de fazendeiros, a morte de centenas de animais.
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