A China considerou, nesta terça-feira (21), o discurso de posse do presidente Lai Chin-te como uma “confissão da independência de Taiwan” e ameaçou "retaliar" a ilha, vista por Pequim como uma província rebelde.
O discurso de Lai, proferido na segunda-feira, “pode ser descrito como uma verdadeira confissão da independência de Taiwan”, afirmou o Gabinete Chinês para Assuntos de Taiwan.
"A China retaliará para punir [as autoridades políticas da ilha] por conspirarem com forças externas nas suas provocações a favor da 'independência'", acrescentou.
Pouco antes, o governo comunista chinês criticou a mensagem de felicitações enviada a Lai pelo chefe da diplomacia norte-americana, Antony Blinken, que elogiou o povo taiwanês por “demonstrar a força do seu sistema democrático robusto e resiliente”.
No seu discurso de posse, Lai instou a China a acabar com a "intimidação" política e militar contra Taiwan e a "manter a paz e a estabilidade no Estreito de Taiwan e na região".
O novo presidente também garantiu que “chegou uma era gloriosa para a democracia de Taiwan” e agradeceu aos cidadãos por “rejeitarem a influência de forças externas” e "defenderem firmemente a democracia”.
Taiwan e a China estão separadas de fato desde 1949, quando os comunistas venceram a guerra civil contra os nacionalistas, que se instalaram na ilha.
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