O Peru começou a monitorar os ursos-de-óculos de Machu Picchu por meio de colares satelitais, em um esforço para conservar essa população vulnerável de mamíferos que habita o famoso santuário inca.

Em um comunicado divulgado nesta terça-feira (21), o Serviço Nacional de Áreas Naturais Protegidas pelo Estado (Sernanp) anunciou o lançamento do programa de conservação em Wiñayhuayna, na área protegida de 35.000 hectares de Machu Picchu, sudeste do país.

Guardas florestais colocaram os primeiros colares de rastreamento por satélite em duas ursas adultas que foram sedadas na semana passada.

"Esta técnica de monitoramento tem sido amplamente e exitosamente usada em outros grandes mamíferos no mundo, e fornecerá informações-chave sobre os movimentos do urso-de-óculos e o uso do habitat dentro e ao redor" dessa área, informou o Sernanp.

O projeto prevê rastrear, por meio desses colares, dez ursos-de-óculos, e conta com o apoio do Zoológico de San Diego, nos Estados Unidos, e da Universidade Nacional San Antonio Abad de Cusco.

Considerada uma espécie vulnerável, o urso-de-óculos ou urso andino mede entre 1,3 e 1,9 metros de altura e pesa de 80 a 125 quilos. Seu pelo é preto ou marrom.

Até o início desta década, havia uma população estimada de 5.750 indivíduos nos Andes peruanos, de acordo com o Serviço Nacional Florestal e de Fauna Silvestre.

No entanto, não se sabe quantos ursos habitam a reserva de Machu Picchu, cuja cidadela inca foi declarada Patrimônio da Humanidade pela Unesco em 1983.

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