O estado de saúde do primeiro-ministro eslovaco, Robert Fico, é "estável", porém "grave", uma semana após ser baleado, disse nesta quarta-feira o vice-primeiro-ministro.
O ataque ocorreu quando ele cumprimentava um grupo de pessoas após uma reunião de gabinete em Handlova, cidade central da Eslováquia.
Ele foi imediatamente submetido a uma cirurgia de cinco horas na quarta-feira passada e a outra de duas horas na sexta-feira, ambas em um hospital da cidade de Banska Bystrica, onde segue recebendo tratamento.
"Sua situação é estável", disse o vice-primeiro-ministro Robert Kalinak à imprensa após uma reunião do Conselho de Segurança eslovaco nesta quarta-feira.
"Sua condição é grave e os ferimentos são complicados. A transferência é impossível no momento", destacou Kalinak. Ele acrescentou que o hospital de Banska Bystrica divulgaria mais informações sobre o estado de saúde do primeiro-ministro.
O agressor foi identificado pela imprensa eslovaca como o poeta Juraj Cintula, de 71 anos. No sábado, um tribunal decidiu mantê-lo em prisão preventiva, após o Ministério Público acusá-lo de tentativa de homicídio premeditado.
No domingo, o ministro do Interior eslovaco indicou que a polícia analisava se o agressor atuou sozinho. Citando relatórios de inteligência, Matus Sutaj Estok destacou que alguém apagou o histórico e as comunicações do agressor no Facebook enquanto ele estava preso.
Porém, a agência reguladora de comunicação eslovaca informou que a Meta, proprietária do Facebook, informou às autoridades que eliminou a conta do suspeito.
Nesta quarta-feira, Kalinak, que também é ministro da Defesa da Eslováquia, disse que teria que "distinguir" as conclusões da investigação eslovaca e o relatório da Meta.
"Falamos da manipulação da conta pouco depois da prisão, ou seja, entre o ataque e a intervenção da sociedade Meta", declarou.
A tentativa de assassinato chocou o país, onde Fico, de 59 anos, assumiu o cargo em outubro após a vitória de seu partido Smer nas eleições legislativas.
O dirigente desempenha atualmente seu quarto mandato como primeiro-ministro.
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