O partido de extrema direita Alternativa para Alemanha (AfD) proibiu, nesta quarta-feira (22), o seu principal candidato às eleições europeias, Maximilian Krah, de participar em eventos de campanha, após polêmicas declarações sobre a organização nazista SS.
Krah, que está no topo da lista do partido nas eleições para o Parlamento Europeu (de 6 a 9 de junho), anunciou que deixará a direção do partido.
"A última coisa que precisamos agora é um debate sobre mim (...) É por isso que renuncio de hoje em diante a qualquer aparição na campanha eleitoral e deixo o meu posto como membro do gabinete federal", declarou ele na rede social X.
Apesar disso, ele continuará sendo a principal opção da AfD para as eleições europeias, uma vez que é tarde demais para substituí-lo.
A motivação da renúncia foi a declaração feita ao jornal italiano La Reppublica em que afirmou que um membro da organização nazista SS "não é automaticamente um criminoso".
A declaração também provocou o rompimento do principal partido de extrema direita da França, Ressemblement Nacional (RN, Reunião Nacional) com a AfD, deixando de compartilhar assentos no Parlamento Europeu.
Esta não é a primeira vez que Krah está envolvido em polêmicas. Nas últimas semanas, ele foi associado a vários escândalos e em abril, um de seus assistentes no Parlamento Europeu foi preso, acusado de ser um agente chinês.
A AfD tem 15% das intenções de voto para as eleições europeias, relegada ao segundo ou terceiro lugar, após ter atingido os 23% no final de 2023.
Contudo, continua em uma posição melhor do que nas eleições de 2019, quando obteve 11% dos votos.
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