Um funcionário de alto escalão do Estado-Maior da Rússia foi detido e acusado de corrupção, informou a imprensa do país nesta quinta-feira, poucos dias após o presidente Vladimir Putin nomear um novo ministro da Defesa. 

Um tribunal militar ordenou na quarta-feira a detenção do general Vadim Shamarin, comandante adjunto do Estado-Maior para a Comunicação, por dois meses.

Ele foi acusado de "aceitar suborno". O setor da Defesa da Rússia registrou vários escândalos de corrupção recentemente.

Se for considerado culpado, Shamarin pode ser condenado a até 15 anos de prisão.

As detenções aumentaram no Ministério da Defesa e na cúpula do Exército desde o fim abril, mas o Kremlin nega uma campanha de expurgos e afirmou que esta foi uma operação de combate à corrupção de rotina.

"A luta contra a corrupção é um trabalho contínuo, não é uma campanha de expurgos", declarou à imprensa o porta-voz da presidência russa, Dmitri Peskov.

Antes de Shamarin, o vice-ministro russo da Defesa, Timur Ivanov, e Yuri Kuznetsov, diretor de Recursos Humanos no ministério, foram detidos por corrupção.

O ex-ministro da Defesa Serguei Shoigu foi substituído por um economista, Andrei Belousov.

Putin justificou a substituição alegando a necessidade de "otimizar" os gastos militares, que explodiram com a ofensiva na Ucrânia, iniciada em fevereiro de 2022.

Outro general russo, Ivan Popov, foi detido recentemente por "fraude". Ele havia sido afastado de suas funções em julho do ano passado por ter, segundo ele disse, revelado as dificuldades enfrentadas pelas tropas russas na Ucrânia.

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