Os britânicos vão às urnas em 4 de julho, para eleições legislativas muito esperadas, e às quais os trabalhistas podem vencer e voltar a Downing Street após quatorze anos de primeiros-ministros conservadores.

Estes são os candidatos, entre eles, os dois principais, a ocupar o cargo de primeiro-ministro, o atual chefe de Governo Rishi Sunak e o trabalhista Keir Starmer:

- Rishi Sunak, atual primeiro-ministro conservador - 

Rishi Sunak, de 44 anos, tentará ser eleito pela primeira vez pelos britânicos após ter sido nomeado primeiro-ministro por deputados conservadores em outubro de 2022.  

Sunak sucedeu Liz Truss, forçada a deixar o cargo 49 dias depois de assumi-lo com um projeto orçamentário que gerou pânico nos mercados. 

O ex-ministro da Economia, de origem indiana, é o primeiro chefe de governo com raízes asiáticas no Reino Unido e o mais jovem dos últimos 200 anos. 

O empresário levou estabilidade ao caos dos anos Boris Johnson e reduziu a inflação à metade, em plena crise do aumento do custo de vida. 

Não cumpriu, porém, várias de suas promessas, como o envio de imigrantes irregulares para Ruanda e a redução da espera no serviço de saúde pública NHS. 

Pesquisas lhe atribuem o índice de popularidade mais baixo da história dos primeiros-ministros britânicos.

- Keir Starmer, líder da oposição trabalhista - 

Ex-advogado especialista em direitos humanos, o líder trabalhista Keir Starmer atuou também na Procuradoria da Inglaterra e de Gales.

Aos 61 anos, lidera as pesquisas e é o grande favorito para ser o próximo primeiro-ministro britânico.

Desde sua chegada à liderança trabalhista em 2020, tenta equilibrar o partido mais ao centro, após anos mais esquerdistas com Jeremy Corbyn, acusado de deixar o antissemitismo prosperar em suas bancadas.

Para seus apoiadores, é pragmático, confiável e preparado para colocar o Reino Unido, em declive econômico, nos trilhos.

Seus críticos denunciam suas mudanças de direção, sua falta de carisma e dificuldades em estabelecer um plano claro para o futuro do país.

Nascido em Londres, seu nome, incomum, presta homenagem ao primeiro presidente do Partido Trabalhista, Keir Hardie.

Foi nomeado Cavaleiro da Ordem do Império Britânico pela rainha Elizabeth II, por seus serviços à Justiça criminal, embora não costume se apresentar como "Sir".

- Nigel Farage, homem do Brexit, não se apresenta - 

O eurocético Nigel Farage anunciou que não concorrerá às eleições, mas disse que contribuirá para a campanha.  

Aos 60 anos, o ex-deputado de extrema direita é uma das personalidades políticas mais controversas do Reino Unido. 

O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump, chamou-o de "Sr. Brexit", após convencer a maioria dos britânicos a votar a favor de uma ruptura com a União Europeia em 2016. 

Farage, presidente honorário do partido 'Reform UK', um partido eurofóbico, anti-imigração e hostil às políticas ambientais, manteve o suspense durante meses sobre uma possível candidatura.  

Com aproximadamente 10% das intenções de voto, o 'Reform' poderia privar os conservadores de várias cadeiras e fazer com que perdessem as eleições.

- Outros candidatos -

O líder do Liberais Democratas (LD, Liberal Democrats) Ed Davey, não tem chances de ser eleito, mas tanto ele como a formação do primeiro-ministro escocês John Swinney, o Partido Nacional Escocês (SNP, Scottish National Party), podem ter a palavra final.  

Ed Davey, 58 anos, espera que o seu partido conquiste algumas vagas no sul da Inglaterra, o que permitiria aos centristas permanecerem à frente do SNP, o terceiro maior partido no Parlamento. 

Swinney, embora não concorra nestas eleições, também pode influenciar o resultado. 

Uma das líderes dos ambientalistas do Partido Verde (Green Party), Carla Denyer, de 38 anos, espera conquistar uma vaga em Bristol (sudoeste de Inglaterra), para reforçar a presença deste grupo, que tem apenas quatro deputados no Parlamento.

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