O ex-presidente Donald Trump garantiu nesta quinta-feira (23) que vai repatriar rapidamente o jornalista americano Evan Gershkovich, preso na Rússia, caso vença as eleições presidenciais dos Estados Unidos de novembro, mas Moscou negou ter discutido o caso com o candidato republicano. 

Trump, que expressa frequentemente sua admiração pelo presidente russo, Vladimir Putin, e colocou em dúvida o apoio militar dos EUA à Ucrânia, se vangloriou ao dizer que o chefe do Kremlin "faria isso por ele" e "por mais ninguém".

“Evan Gershkovich, o repórter do The Wall Street Journal que foi detido pela Rússia, será libertado quase que imediatamente após as eleições, mas definitivamente antes de eu assumir o cargo”, escreveu Trump na sua própria rede social, a Truth Social. 

“Ele estará EM CASA, SEGURO E COM SUA FAMÍLIA”, destacou o ex-presidente (2017-2021). 

Segundo Trump, os Estados Unidos “NÃO PAGARÃO NADA” para repatriar Gershkovich, em uma provável referência ao acordo do ano passado negociado pelo governo de Joe Biden para libertar americanos presos no Irã, o qual incluía a transferência de receitas petrolíferas iranianas que tinham sido congeladas pela Coreia do Sul, no âmbito das sanções impostas por Washington. 

Consultado pela mídia local, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, negou um acerto com o republicano: “Não há contato com Donald Trump”. 

"Quanto aos contatos (entre os Estados Unidos e a Rússia) sobre a questão das pessoas presas e condenadas, podemos dizer que esses contatos devem ser realizados em total sigilo. Só assim poderão ser eficazes", afirmou.

Gershkovich, de 32 anos, está preso na famosa prisão de Lefortovo, em Moscou, há mais de um ano, após de ter sido detido enquanto fazia uma viagem de trabalho pela Rússia. 

Ele é o primeiro jornalista ocidental desde a era soviética a ser preso por Moscou sob a acusação de espionagem, algo que o profissional, o The Washington Post e o governo Biden rejeitam categoricamente.

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