A África do Sul prossegue, nesta quinta-feira (30), com a contagem dos votos, depois de uma eleição com forte participação em que o Congresso Nacional Africano (ANC), partido do falecido Nelson Mandela, poderá perder a maioria parlamentar após três décadas.
Com apenas 10% dos votos apurados, o ANC liderou a contagem com 42% dos votos (bem abaixo dos 57% de 2019), seguido pelo partido neoliberal Aliança Democrática (DA) com 26%, segundo as autoridades eleitorais.
O partido esquerdista Lutadores da Liberdade Econômica (EFF) ficou em terceiro lugar com 8%, ligeiramente acima do partido uMkhonto we Sizwe (MK) do ex-presidente Jacob Zuma, com 7%.
Os resultados finais não são esperados antes do fim de semana, mas poderão obrigar o atual líder do ANC e presidente nacional, Cyril Ramaphosa, a procurar aliados para obter um segundo mandato.
Se a tendência dos primeiros votos apurados se confirmar, será a primeira vez que o ANC recolhe menos de 50% dos votos desde as eleições democráticas de 1994, que marcaram o fim do apartheid.
“África do Sul à beira de uma mudança política”, foi a manchete da primeira página do jornal BusinessDay desta quinta-feira, sublinhando a natureza histórica que estas eleições poderiam ter.
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