Sete líderes de veteranos de guerra de El Salvador foram presos na noite de quinta-feira, acusados de “planejar ataques” para 1º de junho, quando o presidente Nayib Bukele tomará posse para seu segundo mandato, informou a polícia.
“Esta noite capturamos 7 dirigentes de veteranos de guerra por planejarem ataques com explosivos em vários pontos do país para o próximo dia 1º de junho”, indicou a Polícia Nacional Civil (PNC) na sua conta da rede social X.
Segundo a PNC, entre os detidos está o ex-deputado da esquerdista Frente Farabundo Martí de Libertação Nacional (FMLN), José Santos Melara Yánez, que ocupou esse cargo entre 2015 e 2018.
Os detidos teriam participado na guerra civil de doze anos (1980-1992), embora a polícia não tenha especificado se são ex-membros do Exército ou das forças de segurança hoje extintas, ou ex-combatentes da antiga guerrilha.
Melara Yánez “foi identificado” pela polícia “como a financiador destes planos”.
Os sete dirigentes “estavam reunidos na chamada Brigada da Insurreição Salvadorenha e tinham como objetivo detonar postos de gasolina, supermercados e instituições públicas”, segundo as investigações das autoridades.
A Polícia Nacional Civil acrescentou que em uma casa na localidade de Guazapa, 30 quilômetros ao norte da capital, San Salvador, localizaram "parte dos explosivos" que os líderes dos veteranos de guerra supostamente "planejavam utilizar" para realizar os ataques.
A PNC publicou na rede X imagens dos supostos explosivos encontrados em Guazapa, em forma de cilindro e fusíveis.
Os sete detidos “serão processados em toda a extensão da lei”, alertou a entidade policial.
O presidente Bukele, de 42 anos, iniciará no sábado o seu segundo mandato por mais cinco anos, depois de ter sido reeleito nas eleições de 4 de fevereiro com 85% dos votos.
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