A Rússia colocou nesta sexta-feira (31) em sua lista de "agentes estrangeiros" uma organização de mulheres que militam pelo retorno dos homens mobilizados na Ucrânia e uma ex-candidata presidencial que pedia o fim do conflito.

Moscou usa essa lista, que tem graves conotações e implica estritas obrigações administrativas, para silenciar as vozes críticas ao Kremlin.

O Ministério da Justiça inscreveu nesta sexta-feira no registro de "agentes estrangeiros" o movimento "Put domoï" (Caminho de volta), que organizou pequenas manifestações de mulheres exigindo o retorno de seus maridos da frente de batalha.

O departamento afirma que o movimento trabalha para criar uma "imagem negativa" da Rússia e de seu exército e que havia convocado manifestações ilegais.

Também foi inscrita nessa lista Ekaterina Duntsova, uma ex-política local que se candidatou às eleições presidenciais de março com o compromisso de acabar com a guerra na Ucrânia em seu programa, embora sua candidatura tenha sido finalmente rejeitada.

Outra entidade adicionada a essa lista é o meio digital independente Sota, ao qual o ministério acusa de criticar a ofensiva na Ucrânia.

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