A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, apresentou, neste sábado (1º), as próximas eleições europeias como um "ponto de inflexão", nas quais se espera que partidos de extrema direita como o seu ganhem terreno.
"Temos um objetivo claro, queremos fazer em Bruxelas o que fizemos em Roma", declarou Meloni no centro de Roma, cujo partido, Fratelli d'Italia (Irmãos da Itália), venceu as eleições nacionais de 2022.
Também queremos "enviar, de uma vez por todas, às esquerdas [...] que tanto dano fizeram ao nosso continente ao longo dos anos, para a oposição", afirmou ela, diante de milhares de apoiadores.
"Estamos em um ponto de inflexão e é como se realizássemos uma espécie de referendo entre duas visões opostas de Europa", ressaltou Meloni durante o discurso de aproximadamente uma hora.
A União Europeia (UE) "deve ser parceira dos Estados nacionais, não uma superestrutura que os asfixie", comentou, pedindo mudanças no bloco de 27 Estados-membros.
Meloni acusou a UE de ter um enfoque muito direcionado a questões de regulação, sobretudo ambientais, e de se transformar em um "paraíso para os burocratas" e um "inferno para os que fazem negócios".
Meloni concorre na lista de seu partido para este pleito continental, apesar de as regras da UE estabelecerem que, devido a seu cargo na Itália, ela não pode ocupar sua cadeira se for eleita.
As pesquisas apontam um crescimento dos partidos de extrema direita nas eleições europeias, que acontecem de 6 a 9 de junho. Contudo, tudo indica que os partidos tradicionais continuarão sendo maioria no Parlamento Europeu.
Meloni lidera um dos dois grupos de extrema direita do Parlamento Europeu, os Conservadores e Reformistas Europeus (ECR, na sigla em inglês).
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