Autoridades da Alemanha anunciaram neste domingo (2) a morte de um policial apunhalado na sexta-feira durante um ataque contra um comício de extrema direita na cidade de Mannheim, que um ministro denunciou como um ato de "terrorismo islamista".

O agente, de 29 anos, "passou por várias cirurgias de urgência e ficou em coma induzido, mas acabou sucumbindo", informaram o Ministério Público e a polícia dessa cidade do sudoeste da Alemanha em comunicado.

O ataque, que deixou cinco feridos, aconteceu na sexta-feira no centro da cidade e foi qualificado de "atentado" pelo chefe de governo Olaf Scholz.

O agressor, um homem de 25 anos nascido no Afeganistão e residente na Alemanha desde 2014, foi ferido por disparos durante a intervenção das forças de segurança.

Ainda não se sabe as razões do ataque, mas a ministra do Interior, Nancy Faeser, mencionou uma possível motivação islamista.

O ministro da Economia, Christian Lindner, foi mais direto neste domingo. "A morte do jovem policial me comove profundamente e o que está ocorrendo em nosso país me deixa com raiva", afirmou ao jornal Bild.

"Devemos nos defender com determinação contra o terrorismo islamista, e também vamos reforçar os serviços de segurança", acrescentou.

Imagens difundidas nas redes sociais mostram um jovem armado com uma faca apunhalando diversas pessoas no centro de Mannheim.

Entre os feridos está Michael Stürzenberger, conhecido ativista anti-islã, que discursaria em um encontro organizado pelo Movimento de Cidadãos Pax Europa (BPE), um grupo que busca denunciar o islã político na Alemanha.

O policial falecido recebeu vários golpes de faca na cabeça pelas costas quando tentava intervir, antes que outro agente conseguisse deter o agressor disparando contra ele.

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