O presidente do México, Andrés Manuel Lopez Obrador, defendeu, nesta terça-feira (4), que as eleições presidenciais do último domingo foram "as mais limpas da história" do país, depois das acusações de opositores sobre uma suposta interferência de seu governo.
Foi "a eleições mais limpa e mais livre que já aconteceu na história, possivelmente desde a eleição do presidente (Francisco) Madero", no início do século 20, afirmou mandatário esquerdista, durante sua habitual coletiva de imprensa matutina.
A presidente-eleita Claudia Sheinbaum conseguiu 59,3% dos votos, ficando quase 28% à frente da senadora de centr odireita Xóchitl Gálvez, após a apuração de 95,2% dos votos.
Lopez Obrador afirmou que os partidos PA, PRI, PRD, que apoiam Gálvez, estão em seu direito de contestar o resultado, mas os convidou "a respirar fundo" para tentar compreender o que aconteceu.
"É muito importante ter autocrítica, é muito importante saber corrigir e é sábio mudar de opinião. Vivemos em um país livre e não temos nada a temer", acrescentou.
Gálvez anunciou na segunda-feira que apresentará "recursos" contra as eleições por alegar o uso do aparato do Estado a favor da candidata, embora tenha reconhecido sua derrota.
"Nós enfrentamos uma competição desigual, contra todo o aparato do Estado, dedicado a favorecer a sua candidata. Apresentaremos as impugnações que provam isso", escreveu Gálvez em sua conta no X, antigo Twitter.
Nesta terça, a liderança nacional do conservador PAN, Marko Cortés, anunciou que seu partido também impugnará o pleito "porque se tratou de uma eleição de Estado".
"O presidente interveio diretamente, violando de forma reiterada a Constituição e a lei eleitoral", pontuou.
Todos os litígios eleitorais devem ser resolvidos perante os órgãos eleitorais, sendo o tribunal federal especializado a última instância para determinar a validade das eleições.
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