O conselho de governadores da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) adotou nesta quarta-feira (5) em Viena uma resolução que adverte o Irã por sua falta de cooperação em relação ao desenvolvimento do seu programa nuclear. 

O texto, apresentado pelo Reino Unido, França e Alemanha, foi aprovado por 20 dos 35 países, incluindo os Estados Unidos, inicialmente relutantes por temerem um aumento das tensões no Oriente Médio, confirmaram à AFP três diplomatas. 

Rússia e China votaram contra e 12 países se abstiveram. Um membro estava ausente. 

Esta resolução, a primeira neste sentido desde novembro de 2022, lamenta novamente a falta de "respostas técnicas confiáveis" para vestígios inexplicáveis de urânio em duas instalações não declaradas. 

"É essencial e urgente" que Teerã esclareça a situação e permita o acesso aos locais em questão, afirma o texto confidencial, consultado pela AFP. 

A resolução também diz que o Irã deve "reverter a retirada do credenciamento" de alguns de seus inspetores mais experientes e reconecte as câmaras de vigilância "sem demora". 

O objetivo do texto é aumentar a pressão sobre o Irã, que nos últimos anos reduziu sua cooperação com o órgão da ONU. 

Embora não tenha consequências imediatas, pode ser um primeiro passo antes de levar a questão ao Conselho de Segurança da ONU, com capacidade para impor sanções.

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