A cidade de Nova York suspendeu, nesta quarta-feira (5), a entrada em vigor de um programa que previa a cobrança de pedágio para os veículos que entrassem no centro de Manhattan, em meio a críticas de que ele afetaria de forma desproporcional o comércio e os motoristas com menos recursos.

O novo sistema, que cobraria 15 dólares (79 reais) por carro para entrar na parte mais movimentada de Manhattan durante o dia, seria lançado no próximo dia 30, com o objetivo de reduzir o número de veículos e melhorar a qualidade do ar na cidade. Outro objetivo era gerar receita para melhorar o sistema de transporte subterrâneo, usado diariamente por cerca de 4 milhões de pessoas.

"Tomei a difícil decisão de que a implementação do sistema poderia ter muitas consequências indesejadas para os nova-iorquinos neste momento", disse a governadora Kathy Hochul, durante um pronunciamento sobre o custo de vida. "Por isso, pedi à autoridade de transporte que suspenda indefinidamente o programa".

O projeto enfrentava desafios legais, que destacam a dificuldade para cobrar tarifas dos motoristas em um país onde o automóvel ainda impera. O sindicato New York Taxi Workers Alliance, que representa cerca de 21 mil motoristas de táxi, estimou que os taxistas perderiam cerca de 8 mil dólares (42 mil reais) por ano.

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