Hong Kong anunciou, nesta quinta-feira (6), um plano para proibir completamente os cigarros eletrônicos, invocando um "consenso" sobre a necessidade de tomar medidas sobre o impacto que têm na saúde dos jovens. 

A proibição viria dois anos depois de a cidade chinesa ter restringido a importação, fabricação e venda de cigarros eletrônicos. 

Hong Kong já proíbe a posse de cigarros eletrônicos "para fins comerciais" e a medida anunciada nesta quinta-feira estende a proibição aos compradores varejistas, mesmo que pretendam usá-los de forma privada. 

"Proibiremos completamente todos os produtos alternativos para o fumo", disse o secretário de Saúde, Lo Chung-mau, em entrevista coletiva, usando um termo do governo que se refere a produtos como cigarros eletrônicos.

De acordo com a legislação atual, qualquer pessoa em Hong Kong que importe cigarros eletrônicos pode ser punida com até sete anos de prisão e uma multa de 2 milhões de dólares de Hong Kong (256 mil dólares ou 1,3 milhão de reais), enquanto os vendedores e fabricantes podem enfrentar até seis meses de prisão. 

"A proibição total de produtos alternativos para o fumo tornou-se uma questão de consenso na sociedade (…). É hora de proibir todas as formas de posse de produtos alternativos para o fumo, inclusive para uso pessoal", declarou o subsecretário de Saúde, Eddie Lee. 

As autoridades também anunciaram outras restrições, como a proibição de fumar enquanto se espera em filas em locais públicos ao ar livre e de compartilhar cigarros com menores. O governo também propôs proibir o tabaco aromatizado, que as autoridades dizem que tende a atrair mulheres e jovens. 

Lo Chung-mau disse esperar que a proibição do cigarro eletrônico e outras propostas sejam apresentadas ao Legislativo este ano. Hong Kong espera reduzir a taxa de fumantes para 7,8%, de 9,1% em 2023.

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