Deputados japoneses criaram nesta quinta-feira (6) um grupo de trabalho para investigar as aparições de ovnis que, segundo eles, não devem ser menosprezadas, porque podem ser drones de vigilância ou armas.
O grupo de 80 membros, entre eles ex-ministros da Defesa, pedirá ao governo para reforçar suas capacidades para detectar e analisar objetos voadores não identificados, mais conhecidos como ovnis.
No Japão, os ovnis foram considerados durante muito tempo "uma matéria obscura que nada tem a ver com a política", disse o deputado opositor Yoshiharu Asakawa, membro destacado do grupo.
Mas se forem "armas secretas de última geração ou drones de espionagem camuflados, podem representar uma ameaça significativa para nossa segurança", alertou.
A questão também é objeto de análise nos Estados Unidos, cujo governo reconheceu no ano passado que examina 50 aparecimentos de ovnis, mais do triplo do reconhecido em 2021.
Em setembro, a Nasa disse que queria levar o debate sobre esse tema "do sensacionalismo à ciência".
Os deputados japoneses, de diversos partidos, adotam o mesmo enfoque entre os temores de que por trás desses fenômenos a priori paranormais haja possíveis operações de espionagem.
"É extremamente irresponsável de nossa parte aceita o fato de que algo é desconhecido e fazer vista grossa ao não identificado", disse Yasukazu Hamada, membro do grupo e ex-ministro da Defesa.
Recentemente, para o constrangimento de Tóquio, as redes sociais chinesas foram dominadas por um vídeo não autorizado de um helicóptero destroier em uma instalação militar japonesa, aparentemente filmado por um drone.
E no ano passado, o Ministério da Defesa reconheceu que tem fortes suspeitas de que alguns objetos voadores observados nos céus do Japão são balões espiões enviados pela China.
O Departamento de Defesa americano criou um escritório em 2022 para investigar tais fenômenos, que, em um relatório no ano passado, designou a região entre o oeste do Japão e a China como um “ponto quente” para observação de ovnis.
Os deputados japoneses querem que Tóquio crie um escritório semelhante e fortaleça sua cooperação e compartilhamento de inteligência com os Estados Unidos.
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