Panamá, Paquistão, Somália, Grécia e Dinamarca foram eleitos nesta quinta-feira (6), sem concorrência, pela Assembleia Geral da ONU para fazer parte do Conselho de Segurança em 2025-2026.
O órgão da ONU é composto por 15 membros, sendo cinco permanentes (Estados Unidos, Rússia, China, França e Reino Unido) e 10 eleitos por dois anos, metade deles renovados a cada ano e respeitando as regras geográficas de distribuição.
Na votação secreta da Assembleia Geral desta quinta-feira, a Dinamarca recebeu 184 votos, o Panamá 183, o Paquistão 182, a Grécia 182 e a Somália 179.
"É um grande desafio, especialmente nestes tempos geopolíticos críticos", comentou a ministra das Relações Exteriores do Panamá, Janaina Tewaney.
"O nosso mandato será guiado por um compromisso total com o multilateralismo e pelo respeito pelos princípios do direito internacional", disse o seu homólogo somali, Ahmed Moallim Fiqi, que acaba de solicitar a retirada da missão da ONU no seu país antes do final do ano.
"Faremos o possível para fortalecer a cooperação entre o Conselho de Segurança e as organizações regionais, incluindo a União Africana", acrescentou. Uma força de manutenção da paz da UA está presente na Somália.
O seu homólogo grego, Georgios Gerapetritis, espera poder "criar pontes entre o Sul e o Norte, entre o Leste e o Oeste", graças à posição geopolítica e geográfica do seu país, "no cruzamento de três continentes".
"Eleições sem competição por cadeiras no Conselho de Segurança ou em qualquer outro órgão da ONU zombam da palavra 'eleição'. Os Estados-membros devem ter a oportunidade de escolher para que os governos responsáveis por grandes violações dos direitos humanos possam ser rejeitados", lamentou Louis Charbonneau, da Human Rights Watch.
Os cinco países eleitos nesta quinta-feira substituirão Suíça, Japão, Moçambique, Equador e Malta a partir de 1º de janeiro de 2025. Juntam-se a outros cinco designados para o período 2024-2025: Argélia, Guiana, Serra Leoa, Eslovênia e Coreia do Sul.
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