Os encarregados da missão Starliner, nave da gigante do setor aeroespacial americano Boeing, informaram, nesta quinta-feira (6), que o veículo conseguiu finalmente se acoplar à Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês), após um atraso por problemas no sistema de propulsão. Esta é a primeira vez que a Starliner leva tripulantes ao espaço.
A Nasa (agência espacial americana) afirmou que o acoplamento ocorreu às 17h34 GMT (14h34 de Brasília), aproximadamente uma hora e vinte minutos depois do horário previsto inicialmente.
A Nasa também indicou que a nave não conseguiu se acoplar quando estava a menos de 250 metros da ISS por não ter recebido autorização para se aproximar devido a um problema nos propulsores.
Até cinco destes pequenos propulsores, de um total de 28, falharam em algum momento, explicou um comentarista durante a transmissão ao vivo da Nasa.
Finalmente, conseguiram colocar em funcionamento quatro propulsores, proporcionando o número necessário para a operação. Esses equipamentos são utilizados para realizar pequenos ajustes na trajetória da nave. Inicialmente, o acoplamento estava previsto para as 16h15 GMT (13h15 de Brasília).
Os astronautas Butch Wilmore, de 61 anos, e Suni Williams, de 58, se uniram a sete pessoas que estão a bordo da ISS e passarão aproximadamente uma semana no laboratório orbital, antes de voltar à Terra a bordo da Starliner.
O lançamento ocorreu na quarta-feira, da Estação da Força Espacial de Cabo Canaveral, no estado da Flórida (sudeste dos EUA), depois de duas tentativas anteriores frustradas em menos de um mês antes da decolagem.
A Starliner se tornou a sexta espaçonave construída nos Estados Unidos a transportar astronautas da Nasa.
Essa missão era há anos e representa um grande desafio para a Boeing e para a Nasa, que está buscando certificar a companhia como a segunda operadora comercial para levar suas tripulações para a ISS.
No entanto, o programa da gigante aeroespacial tem enfrentado anos de atrasos e adversidades.
A SpaceX, sua concorrente que pertence ao bilionário Elon Musk, há quatro anos vem desempenhando este papel de viagens à ISS.
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