A primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen, cancelou neste sábado (8) seus compromissos e se declarou “chocada”, depois de ter sofrido um ataque na sexta-feira que lhe causou uma “leve entorse cervical”.
Frederiksen, 46 anos, caminhava pelas ruas de Copenhague quando recebeu um “forte empurrão”, disseram testemunhas à imprensa local.
O suspeito do ataque compareceu neste sábado perante um tribunal de Frederiksberg, nos arredores da capital dinamarquesa.
"Depois de ter sido atacada ontem, a primeira-ministra Mette Frederiksen foi transferida para o Rigshospitalet para um exame médico. O ataque lhe causou uma leve entorse cervical", informou o chefe do gabinete do governo em comunicado.
A premiê está “chocada com o incidente” e cancelou as atividades de sábado, acrescentou seu gabinete.
A agressão ocorreu às vésperas das eleições para o Parlamento Europeu, nas quais os dinamarqueses são chamados a votar no domingo para eleger 15 deputados.
De acordo com as pesquisas, o Partido Social-Democrata de Frederiksen está em boa situação para manter os três assentos que possui.
As autoridades não quiseram comentar as circunstâncias do incidente.
Duas testemunhas disseram ao jornal dinamarquês BT que viram Frederiksen chegar a uma praça no centro de Copenhague pouco antes das 18h locais (13h de Brasília). “
"Um homem veio na direção oposta e deu-lhe um forte empurrão nas costas, fazendo com que ela tropeçasse para o lado" sem cair, afirmaram.
As testemunhas descreveram o agressor como um homem alto e magro e disseram que ele tentou fugir rapidamente após o ataque, mas foi imobilizado no chão por vários homens vestidos de terno.
- Um "ato vil" -
Vários líderes europeus denunciaram este ataque, que ocorre três semanas depois de o primeiro-ministro eslovaco, Robert Fico, ter sofrido uma tentativa de assassinato a tiros que o obrigou a votar neste sábado do hospital onde está internado.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, condenou o “ato vil”, enquanto o presidente francês, Emmanuel Macron, denunciou um ataque “inadmissível”.
A presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, pediu na sexta-feira que Frederiksen “seja forte” e escreveu em uma mensagem na rede social X que "a violência não tem lugar na política".
Em 2019, Frederiksen tornou-se a primeira-ministra mais jovem da história da Dinamarca.
A social-democrata foi reeleita nas eleições legislativas de 2022.
O incidente ocorreu depois de vários políticos de diferentes correntes terem sido atacados na Alemanha, no âmbito das suas atividades habituais ou durante a campanha para as eleições europeias.
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