Milhares de manifestantes pró-palestinos se reuniram neste sábado (8) em frente à Casa Branca, em Washington, para protestar contra as políticas do presidente americano Joe Biden, descritas como demasiadamente conciliatórias com Israel em sua guerra contra o Hamas na Faixa de Gaza.
Gritando "De Washington até a Palestina, nós somos a linha vermelha", os manifestantes seguravam uma longa faixa com os nomes de palestinos assassinados pelo Exército israelense durante os oito meses de conflito.
O presidente americano sofre duras críticas internas por parte de pessoas que acreditam que ele não faz o suficiente para influenciar a forma como o governo israelense conduz a campanha militar em Gaza.
Biden ofereceu apoio incondicional a Israel desde o início da guerra em Gaza, mas considerou em março que uma grande ofensiva em Rafah seria “uma linha vermelha” que não deveria ser ultrapassada.
Contudo, mesmo depois de um ataque mortal em maio contra essa cidade do extremo sul da Faixa de Gaza, a Casa Branca declarou que a “linha vermelha” não havia sido ultrapassada.
“Não acredito em mais nada do que Joe Biden diz”, afirmou Zaid Mahdawi, um manifestante de 25 anos do estado vizinho da Virgínia e cujos pais são palestinos.
“Esta ‘linha vermelha’ na sua retórica é um disparate”, acrescentou, denunciando a “hipocrisia e covardia” do presidente americano.
Tala McKinney, uma cuidadora de 25 anos, disse esperar que o conflito termine em breve, “mas é evidente que o nosso presidente não está cumprindo com suas palavras”.
Os manifestantes, em sua maioria vestidos de vermelho, seguravam bandeiras palestinas e cartazes que diziam que “a linha vermelha de Biden era uma mentira” e que “bombardear crianças não é legítima defesa”.
A poucos meses das eleições presidenciais de novembro, que o colocarão contra o seu rival republicano e antecessor Donald Trump, Biden se vê pressionado para obter o apoio do eleitorado muçulmano e jovem, tradicionalmente alinhado com o Partido Democrata.
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