A ofensiva militar russa ao redor de Kharkiv, no nordeste da Ucrânia, "estagnou", afirmou neste domingo (9) o Conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, depois que Washington suspendeu parcialmente as restrições sobre o uso de armas americanas contra a Rússia.

"Quero ressaltar que esta ofensiva [russa] em Kharkiv estagnou. Kharkiv continua sob ameaça, mas nos últimos dias, os russos não conseguiram fazer progressos significativos nessa área", afirmou Jake Sullivan.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, por muito tempo se recusou a permitir que os ucranianos usassem armas fornecidas por Washington, seu principal parceiro militar, contra território russo.

Mas o mandatário americano finalmente suspendeu as restrições, sob certas condições.

"Não estamos autorizando ataques a 300 quilômetros dentro da Rússia e não estamos autorizando ataques a Moscou, ao Kremlin", insistiu Biden em uma entrevista publicada na quinta-feira pela ABC News.

A mudança de posição americana foi atribuída pelos funcionários aos bombardeios diários em Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia, pela Rússia.

Moscou invadiu a ex-república soviética em fevereiro de 2022.

"Do ponto de vista do presidente [Biden], é senso comum. O que estava acontecendo em Kharkiv, a novidade destes últimos meses, era uma ofensiva russa durante a qual eles iam e vinham pela fronteira, e não fazia sentido não permitir que os ucranianos disparassem através desta fronteira", disse Sullivan à CBS.

"Então o presidente autorizou isso. Os ucranianos colocaram em prática no campo de batalha", acrescentou de Paris, onde Biden está em uma viagem de Estado.

No mês passado, as forças russas registraram seus maiores avanços territoriais em 18 meses com uma grande ofensiva terrestre na região de Kharkiv, durante a qual capturaram várias cidades fronteiriças ucranianas e forçaram milhares de pessoas a deixarem suas casas.

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