A Colômbia comemorou neste domingo (9) o primeiro aniversário da façanha que uniu indígenas e militares para encontrar quatro crianças que ficaram perdidas por 40 dias em uma densa selva, após um acidente de avião no qual sua mãe morreu.
"Estamos em um reencontro não apenas de pessoas, mas também de sentimentos, de energias e lembrando que hoje celebramos o novo nascimento desses quatro menores", declarou à imprensa o general da Força Aérea, Pedro Sánchez, que há um ano liderou a Operação Esperança que encontrou as crianças.
Na Escola de Cavalaria, em Bogotá, foi celebrada uma missa para lembrar a proeza que impactou o mundo e teve como protagonistas Lesly, Soleiny, Tien Noriel e Cristin, que na época tinham respectivamente 13, 9, 5 e 1 ano.
O comandante da Operação Esperança destacou a força das quatro crianças: "Honra a eles que foram capazes de sobreviver 40 dias nas condições mais inóspitas de nossa região".
A mais velha dos irmãos foi a heroína desta história ao conseguir manter seus irmãos vivos após o acidente aéreo na Amazônia colombiana que tirou a vida de sua mãe e de outros dois adultos.
Compareceram ao evento comemorativo dois indígenas que participaram das buscas e a avó dos menores, que afirmou que eles continuam sob cuidado do Estado. "Eles precisam do calor da família", disse à AFP Fátima Valencia.
Sánchez, comandante das operações especiais do exército, destacou como a união de conhecimentos culminou no feliz encontro dos irmãos. O primeiro contato com os menores foi feito pelo grupo de resgatistas indígenas.
"Essa união de culturas indígenas com nossa arte e ciência militar foi fundamental, mas também o respeito", declarou.
Os resgatistas se guiaram por objetos que as crianças deixavam espalhados pela floresta. Os militares soltaram cerca de 100 kits com alimentos e objetos de sobrevivência, mas os menores nunca os encontraram.
Sua extraordinária história inspirou livros, filmes e documentários que já foram lançados na Colômbia ou estão próximos de serem lançados.
bur-pld/ag/ic