O número de casos de dengue e outras doenças transmitidas por mosquitos estão em alta na Europa, enquanto a mudança climática cria condições favoráveis para a propagação de mosquitos invasores, advertiu nesta terça-feira (11) a agência de saúde da União Europeia.
Em 2023, foram registrados 130 casos de dengue autóctone, detectados em pacientes sem antecedentes de viagens, na União Europeia e na Noruega, Islândia e Liechtenstein, países do Espaço Econômico Europeu. Em 2022, houve 71 infecções.
Estes números representam "um aumento significativo" comparado ao período entre 2010 e 2021, quando 73 casos foram contabilizados no total, indicou em um comunicado o Centro Europeu para a Prevenção e Controle de Doenças (ECDC, sigla em inglês).
Os casos importados também aumentaram, passando de 1.572 em 2022 a 4.900 em 2023, os números mais altos desde 2008.
Um total de 713 casos do vírus do Nilo Ocidental foram registados em 123 regiões de nove países da UE em 2023, causando 67 mortes. O mosquito responsável por sua transmissão, o Culex pipiens, nativo da Europa, está presente em todos os países da UE e do Espaço Econômico Europeu, afirmou o ECDC.
Aedes albopictus, conhecido como mosquito tigre, pode transmitir os vírus dengue, zika e chikungunya e "está se espalhando no norte, leste e oeste da Europa".
Já o Aedes aegypti, responsável pela transmissão do vírus da febre amarela, bem como da dengue, zika e chikungunya, estabeleceu-se recentemente no Chipre e em regiões periféricas da UE, como a Madeira e as ilhas francesas do Caribe.
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