Os líderes dos países do G7 chegaram a um acordo para "a liberação de 50 bilhões" de dólares (R$ 269 bilhões) para a Ucrânia, utilizando ativos russos congelados, "antes do final de 2024", anunciou a presidência francesa nesta quarta-feira (12).

"Há um acordo. Como sempre no G7, os líderes tomam uma decisão e os técnicos então fazem seu trabalho para dar forma a ela" e garantir que esteja "em conformidade com a lei" e se ajuste "às regras financeiras públicas" e às "capacidades financeiras de uns e de outros", explicou a mesma fonte.

"Haverá unanimidade no G7 quando se tratar de trabalhar para usar esses ativos congelados a fim de ajudar a Ucrânia a se reconstruir", declarou anteriormente John Kirby, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca.

Não tinha consenso até agora entre o grupo a ideia de conceder à Ucrânia até 50 bilhões de dólares em empréstimos garantidos pelos juros dos 300 bilhões de euros (R$ 1,75 trilhão) em ativos do banco central russo congelados pela União Europeia e pelas potências do G7.

"É uma iniciativa americana inicialmente", destacou o Palácio do Eliseu. "Este empréstimo tem como objetivo ser reembolsado com o produto dos ativos russos congelados", explicou a presidência francesa.

"Mas se por uma razão ou outra, os ativos russos forem descongelados ou se as receitas dos ativos russos deixarem de ser suficientes para financiar o empréstimo, a questão de como repartir a carga será levantada", acrescentou.

"Nós apresentamos os princípios desta distribuição e agora os técnicos precisam concordar sobre o contrato que será finalmente assinado", especificou a presidência francesa, que qualificou o acordo de "significativo".

Uma das questões é, por exemplo, saber quais são as garantias deste empréstimo, "que é essencialmente americano, mas que pode ser complementado com dinheiro europeu ou contribuições nacionais", apontou a fonte.

O presidente francês, Emmanuel Macron, chegará na manhã de quinta-feira à Itália para participar da cúpula do G7 (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido).

No sábado, Macron participará da conferência especial sobre a paz na Ucrânia, que será realizada na Suíça e deverá contar com a presença de dezenas de líderes mundiais, mas sem a participação de Rússia e China.

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