O ministro das Comunicações, Juscelino Filho, garantiu nesta quarta-feira (12) que provará sua "inocência" após ser indiciado pela Polícia Federal (PF) por suspeitas de corrupção e organização criminosa.

"A investigação, que deveria ser um instrumento para descobrir a verdade, [...] concentrou-se em criar uma narrativa de culpabilidade perante a opinião pública, com vazamentos seletivos, sem considerar os fatos objetivos", alegou Filho em um comunicado.

Uma fonte da PF disse à AFP que o inquérito estava sob segredo de justiça. Os resultados foram transmitidos ao Supremo Tribunal Federal (STF), que deverá decidir se acusa o ministro, que está no cargo desde o início do mandato do presidente Lula em janeiro de 2023.

De acordo com a imprensa, as acusações se referem a fatos que datam de antes de sua entrada no governo, quando era deputado.

Filho, de 39 anos, é suspeito de desvio de emendas parlamentares para obras de pavimentação de vias na cidade de Vitorino Freire, no Maranhão, da qual sua irmã é prefeita.

Segundo O Globo, 80% da estrada custeada com esses recursos beneficia propriedades do ministro e de sua família na região.

"No exercício do cargo como deputado federal, apenas indiquei emendas parlamentares para custear obras. A licitação, realização e fiscalização dessas obras são de responsabilidade do Poder Executivo e dos demais órgãos competentes", defendeu-se Filho.

"Trata-se de um inquérito que devassou a minha vida e dos meus familiares, sem encontrar nada. A investigação revira fatos antigos e que sequer são de minha responsabilidade enquanto parlamentar", acrescentou.

Membro do União Brasil, partido ao qual Lula cedeu cargos no governo para ampliar seu apoio no Congresso, Juscelino Filho afirmou que "não há nada, absolutamente nada, que envolve" sua atuação no "Ministério das Comunicações, pautada sempre pela transparência, pela ética e defesa do interesse público".

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