O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump retorna nesta quinta-feira (13) a Washington para tentar garantir o apoio dos legisladores republicanos e do setor empresarial após a sua histórica condenação criminal em Nova York por ocultar um pagamento a uma ex-atriz pornô para comprar o seu silêncio.
O candidato republicano, que pretende derrotar o presidente Joe Biden em novembro, se reunirá separadamente, a portas fechadas, com membros da Câmara de Representantes em um clube privado perto do Capitólio e com senadores na sua sede de campanha. Além disso, ele fará um discurso a dezenas de diretores e chefes de empresas.
"Os líderes do Partido Republicano na Câmara de Representantes esperam receber o presidente Trump na manhã de quinta-feira para discutir o crescimento da maioria republicana (...) e a agenda legislativa para 2025", disse à AFP um porta-voz do presidente dessa Câmara, Mike Johnson.
Será a primeira reunião de Trump com legisladores no Capitólio desde que deixou a Casa Branca em 2021 e a sua primeira viagem a Washington desde que foi considerado culpado de 34 acusações de falsificação de registros fiscais no mês passado em Nova York.
O Partido Republicano fechou fileiras em torno de Trump desde o veredicto e vários legisladores apontaram, sem provas, que o sistema judiciário tem um viés anticonservador.
Os republicanos na Câmara de Representantes enfrentam uma batalha difícil para tomar a Câmara Baixa dos democratas nas eleições de novembro, que deverão ser acirradas na corrida presidencial, mas também em cargos importantes no Congresso.
No Senado, os republicanos têm uma perspectiva muito mais favorável e entre os seus planos está reverter a sua minoria de 49-51.
Pelo menos cinco senadores centristas ainda não confirmaram a sua presença na reunião com Trump nesta quinta-feira. O líder da minoria, Mitch McConnell, que não se encontrou com Trump desde que o repreendeu pelo cerco de seus apoiadores ao Capitólio dos EUA em 2021, disse que estará presente.
Trump sofreu impeachment, acusado de incitar o ataque ao recinto legislativo com a missão de impedir a transferência do comando para Biden, que venceu o ex-magnata nas urnas por mais de 7 milhões de votos.
"Três anos atrás, logo após o ataque ao Capitólio, eu disse que apoiaria nosso candidato, não importa quem fosse, mesmo que fosse ele... E, claro, estarei na reunião", disse McConnell a repórteres.
Espera-se que os eventos desta quinta-feira girem em torno de aumentar o moral do partido antes das eleições, em vez de trabalhar em propostas específicas. Mas é provável que Trump enfrente preocupações sobre os seus planos de prolongar os cortes fiscais que implementou em 2017, as suas propostas para reprimir a imigração ilegal e a sua posição sobre a guerra na Ucrânia.
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