Um tribunal israelense aprovou e prolongou por mais 35 dias a proibição do canal de notícias Al Jazeera (Catar), que está no alvo do governo por seu suposto apoio ao movimento islamista palestino Hamas, informou o Ministério da Justiça nesta sexta-feira. 

"O tribunal do distrito de Tel Aviv aprovou (na quinta-feira) as ordens do ministro das Comunicações para interromper a exibição da rede Al Jazeera, fechar seus escritórios em Israel, bloquear o acesso aos sites da emissora e confiscar o equipamento utilizado para divulgar o conteúdo do canal durante 35 dias", anunciou o ministério.

Em plena guerra em Gaza, o Parlamento israelense aprovou, no início de abril, uma lei que proíbe a difusão em Israel de meios de comunicação estrangeiros que atentem contra a segurança do Estado. 

Com esta base jurídica, o governo israelense aprovou em 5 de maio a decisão de proibir a transmissão do canal do Catar em Israel por um período renovável de 45 dias.

Mas a Associação para os Direitos Civis em Israel contestou o fechamento da Al Jazeera e recorreu ao Supremo Tribunal que, em 9 de junho, remeteu o caso ao tribunal do distrito de Tel Aviv.

No tribunal, o governo israelense pediu a confirmação da proibição de 45 dias. O juiz alegou vícios processuais no caso e autorizou a suspensão por 35 dias.

O ministro das Comunicações, Shlomo Karkhi, afirmou em um comunicado que a Al Jazeera é um "porta-voz do terrorismo a serviço do Hamas".

"Por motivos jurídicos absurdos, somos obrigados a (pedir) o fechamento em Israel a cada 45 dias. Vamos seguir fazendo todo o possível para limpar a região do terrorismo e da incitação à violência", acrescentou. 

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