O presidente russo, Vladimir Putin, nomeou, nesta segunda-feira (17), 12 novos vice-ministros de Defesa, entre eles uma prima, no marco de um expurgo de generais e altos oficiais da Defesa.
Entre os 12 vice-ministros nomeados por decreto presidencial está Anna Tsiviliova, prima do mandatário, sobre a qual pesam sanções europeias.
Tsiviliova ficará a cargo dos temas relativos à ajuda social e habitação dos militares, detalhou o Ministério da Defesa.
Putin lançou nas últimas semanas uma restruturação do alto comando de suas Forças Armadas, questionadas por seus níveis de corrupção e ineficiência em momentos em que busca dar novo impulso à sua ofensiva na Ucrânia.
Essa limpeza nas altas esferas militares impulsionou a chegada de tecnocratas à frente da máquina de guerra do Kremlin.
O ministro da Defesa de longa data do presidente Vladimir Putin, Sergei Shoigu, foi substituído em meados de maio por um economista sem experiência militar, Andrei Belousov.
Putin justificou essa surpreendente reorganização ministerial pela necessidade de "otimizar" o gasto militar, que disparou para apoiar as necessidades do Exército na Ucrânia.
Desde então, pelo menos cinco generais ou oficiais, incluídos alguns próximos ao ex-ministro, foram presos por acusações de corrupção.
A corrupção na cúpula militar era uma das principais críticas do chefe do grupo paramilitar Wagner, Yevgueni Prigozhin, que instigou uma rebelião em junho de 2023 e morreu dois meses depois em um acidente aéreo em circunstâncias que seguem sem ser esclarecidas.
O Kremlin nega a existência de uma purga e assegura que se trata de uma operação anticorrupção clássica.
Desde que chegou ao poder há quase 25 anos, Putin se rodeou de muitos amigos próximos, principalmente de seus anos na KGB e depois de sua época como prefeito de São Petersburgo na década de 1990.
Nos últimos anos, os filhos de pessoas próximas a ele assumiram altos cargos.
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