Pelo menos nove pessoas morreram e 46 ficaram feridas, em muitos casos com gravidade, após um incêndio em um depósito de munições em N'Djamena, a capital do Chade, informou o governo do país africano nesta quarta-feira (19).
O balanço ainda pode piorar, dado que alguns feridos estão em estado "extremamente grave", assinalou o ministro de Saúde Pública, Abdelmadjid Abderahim, sem dar detalhes sobre o número de vítimas civis e militares.
"Desejo dizer a meus compatriotas que a situação está sob controle e pedir que mantenham a calma", disse a jornalistas o presidente do país, Mahamat Idriss Déby Itno, durante uma visita ao local da explosão.
"Não é a primeira vez que acontecem explosões em depósitos de munições. Isso deveria nos dar lições para que, a partir de agora, não seja permitido construir depósitos no centro da cidade", acrescentou, prometendo uma investigação para determinar as causas do drama.
De acordo com os primeiros elementos, a origem da catástrofe "não é criminosa", declarou anteriormente à AFP o chanceler e porta-voz do governo, Abderaman Koulamallah.
O incêndio foi declarado na noite de terça-feira e, durante mais de duas horas, inumeráveis e potentes explosões iluminaram o céu sobre o arsenal no distrito de Goudji, no norte da cidade, que sacudiram edifícios em um raio de seis ou sete quilômetros, segundo testemunhas.
Os jornalistas viram edifícios destruídos e uma enorme cratera dentro do recinto militar, bem como projéteis não detonados e outras munições espalhadas ao lado de carcaças carbonizadas do que pareciam ser veículos blindados.
"O teto de nossa casa foi arrancado por uma das explosões", contou uma vizinha do depósito, Kadidja Dakou.
A mulher, de 36 anos, correu para a rua com seus três filhos e alguns vizinhos com medo de que suas casas ruíssem.
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