Um tribunal de Estocolmo absolveu, nesta quinta-feira (20), um ex-general sírio acusado de cometer crimes de guerra em seu país em 2012, ao avaliar que as provas contra ele eram insuficientes. 

Mohammed Hamo, de 65 anos e radicado na Suécia, foi julgado na capital sueca por "cumplicidade" em crimes de guerra cometidos na Síria entre janeiro e julho de 2012. 

A guerra civil síria entre o regime de Bashar al Assad e grupos de oposição armada, incluindo o movimento jihadista Estado Islâmico, estourou em 2011 pela repressão de manifestações pró-democracia e deixou mais de 500.000 mortos. 

O Exército sírio cometeu "ataques indiscriminados contrários ao direito internacional" em um bairro de Homs e na cidade de Al Rastan em 2012, mas "não foram apresentadas provas" que demonstram que a 11ª divisão do ex-general Hamo "participou desses ataques", determinou o tribunal em um comunicado. 

Os juízes também afirmaram que "não era seguro" que Hamo "fosse responsável por armar as unidades militares" que podem ter participado de ataques equiparados a crimes de guerra. 

Durante o julgamento, a promotoria argumentou que como general, Hamo participou da coordenação dessas operações e forneceu armas às unidades envolvidas. 

Para sua advogada, Mari Kilman, ele não pode ser considerado responsável por seus atos "porque atuou em um contexto militar e teve que seguir ordens". 

O militar sírio negou qualquer responsabilidade criminosa. 

Mohammed Hamo é o militar sírio de mais alta patente a ser julgado pessoalmente na Europa. 

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