Salomón Rondón chega à Copa América dos Estados Unidos-2024 em um momento muito especial. Aos 34 anos, o homem-gol da seleção venezuelana parece viver uma segunda juventude.

O atacante encara este torneio com a 'Vinotinto' após uma brilhante fase no futebol mexicano pelo Pachuca, com 10 gols marcados em 21 jogos na LigaMX, um oásis para ele após sua polêmica saída do argentino River Plate.

Ele também liderou 'los Tuzos' na conquista da Copa dos Campeões da Concacaf com nove gols em sete jogos disputados. Comemorou com dois hat-tricks nessa campanha, marcou dois de seus gols na vitória do time mexicano por 3 a 0 na final contra o Columbus Crew da MLS e foi eleito o melhor jogador da competição. Demolidor.

Agora, o atacante venezuelano está ficado na Copa América, que começa nesta quinta-feira em Atlanta (Geórgia) com a partida entre Argentina e Canadá.

"Vamos fazer o que temos feito nas Eliminatórias: competir", destacou Rondón sobre as possibilidades da 'Vinotinto' em entrevista à rede internacional FoxSports. "Temos vários jogadores muito bons".

Sob o comando do técnico argentino Fernando 'Bocha' Batista, a Venezuela ocupa a quarta colocação nas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2026, com nove pontos em seis rodadas, atrás apenas da campeã mundial Argentina, que tem 15; Uruguai, com 13; e Colômbia, com 12.

Rondón, que disputará sua quinta Copa América, é o maior artilheiro da história da seleção venezuelana, com 41 gols em 104 jogos.

Apenas três outros jogadores ultrapassaram 100 jogos por este país: Tomás Rincón (132) e os aposentados Juan Arango (131) e José Manuel Rey (115).

- "Paraíso" -

"Não quero ser demagogo, mas encontrei um paraíso", disse Rondón sobre a experiência no primeiro semestre com o Pachuca, comandado pelo uruguaio Guillermo Almada. "Se você se sente amado e apoiado e se um treinador gosta de você e te liga e diz: 'vem, vou te fazer jogar', nessa idade você fica satisfeito. "Eu aproveitei [a oportunidade] ao máximo".

Pelo River Plate, Rondón marcou 10 gols em 31 jogos na Argentina e decidiu mudar de cenário, alegando problemas de adaptação de sua família.

"Estou muito feliz e minha família está muito feliz. Quem jogou futebol sabe que se você estiver com a mente plena, as coisas vão acontecer por si mesmas, e foi isso que aconteceu comigo nestes seis meses", continuou.

Batista, nos bons e nos maus momentos, sempre manifestou apoio a Rondón. "Ele é uma referência", afirmou diversas vezes o argentino sobre o experiente atacante, de quem destaca sua experiência na Europa nas ligas espanhola e inglesa.

Ele deverá ser o homem de área da Venezuela na estreia na Copa América, no sábado, contra o Equador, na abertura de um difícil Grupo B, que conta também com México e Jamaica.

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