O presidente de El Salvador, Nayib Bukele, afirmou que lutará contra as gangues "sem recuar um único passo", ao recordar na quinta-feira (20) os 14 anos da morte de 17 pessoas que foram queimadas em um micro-ônibus.
"Há exatamente 14 anos, em 20 de junho de 2010, vivemos um dos episódios mais cruéis perpetrados por integrantes de gangues terroristas, que atearam fogo a um micro-ônibus, queimando vivas 17 pessoas e atirando à queima-roupa contra os que tentavam escapar das chamas", escreveu Bukele na rede social X.
O ataque, que também deixou 15 feridos, foi executado por membros da gangue 'Barrio 18' na cidade de Mejicanos, periferia norte de San Salvador.
"Pelas vítimas daquele dia fatídico e pelas 150 mil pessoas que foram assassinadas, além das que foram vítimas de extorsão, agredidas, feridas e estupradas; por elas que lutamos contra estes terroristas sem recuar um único passo", enfatizou o presidente.
A gangue 'Barrió 18' e sua rival 'Mara Salvatrucha' (MS-13) estabeleceram um estado paralelo que controlava 80% do território do país.
No poder desde 2019, Bukele trava uma "guerra" contra as gangues sob um regime de exceção, em vigor desde 2022 e que resultou em mais de 80 mil supostos membros de gangues detidos.
O regime de exceção, que permite detenções sem ordem judicial, foi decretado pelo Congresso a pedido de Bukele como resposta ao aumento da violência que matou 87 pessoas entre 25 e 27 de março de 2022.
"Nunca esqueçamos de onde viemos, para JAMAIS retornar a este passado tão obscuro, que havia se tornado o nosso dia a dia", enfatizou Bukele.
As organizações humanitárias questionam a detenção de inocentes com base no regime de exceção.
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