Os Estados Unidos anunciaram nesta sexta-feira (21) sanções contra 12 dirigentes da empresa russa de cibersegurança Kaspersky Lab, um dia depois de proibir a venda de seu popular software antivírus por razões de segurança nacional.

As sanções afetam diversos dirigentes, incluindo o diretor de operações, informou o Departamento do Tesouro em comunicado.

"A ação empreendida hoje contra a direção de Kaspersky Lab ressalta nosso compromisso de garantir a integridade de nosso ciberespaço e de proteger a nossos cidadãos contra as ameaças cibernéticas maliciosas", declarou Brian Nelson, subsecretário do Tesouro para terrorismo e inteligência financeira.

"Os Estados Unidos tomarão medidas quando necessário para responsabilizar quem tente facilitar ou permitir estas atividades", acrescentou.

O porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, afirmou, por sua vez, que a empresa está sob "jurisdição, controle ou direção de governo russo, que poderia explorar o acesso privilegiado para obter dados sensíveis".

Isto representa "um risco inaceitável para a segurança nacional dos Estados Unidos ou para a segurança e proteção dos americanos", adicionou.

Um dia antes, o Departamento de Comércio anunciou que proíbe a empresa de cibersegurança com sede em Moscou de fornecer programas antivírus nos Estados Unidos. 

A empresa russa tem autorização para realizar determinadas atividades até 29 de setembro, para que os clientes encontrem outras alternativas.  

O Kremlin denunciou, nesta sexta, a "concorrência desleal" de Washington. 

O software já foi banido das agências federais americanas em 2007.

A multinacional tem escritórios em 31 países e clientes em mais de 200 nações e territórios, segundo o Departamento de Comércio, que afirma que o grupo fornece antivírus e outros produtos e serviços de cibersegurança a mais de 400 milhões de usuários e 270.000 empresas em todo o mundo.

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