Após o papa Francisco voltar a usar o termo “frociaggine” — um termo ofensivo, que pode ser traduzido para o português como "bicha" ou "viado" — em reuniões com bispos, um estudante de psicologia na Universidade Ateneo de Manila, nas Filipinas, pediu que o pontifício pare de utilizar linguagem ofensiva contra a comunidade LGBTQIAPN+.
O pedido ocorreu durante participação do jovem em um painel de discussão com o tema Construindo Pontes na Ásia-Pacífico, que teve participação de estudantes universitários e o papa, que foi transmitido no YouTube.
“Parem de usar linguagem ofensiva contra a comunidade LGBTQIA+, isso leva a uma dor imensa”, disse o jovem, identificado como Jack Lorenz Acebedo Rivera. “Eu mesmo sou excluído e intimidado devido à minha bissexualidade, minha homossexualidade, minha identidade e por ser filho de uma mãe solteira”, completou.
Durante o painel, o estudante, que usava a faixa arco-íris que simboliza o movimento pelos direitos LGBTQIAPN+, também pediu que o pontífice trabalhe para ajudar a facilitar o divórcio nas Filipinas.
Ao responder, o papa condenou fortemente a discriminação, especialmente contra as mulheres, mas não respondeu ao pedido de Acebedo Rivera sobre a linguagem homofóbica.