O chefe da Polícia Nacional do Peru, general Óscar Arriola, anunciou, neste sábado (22), a detenção de 520 membros da quadrilha internacional de origem venezuelana Tren de Aragua.

O oficial não informou o período de tempo em que ocorreram essas detenções de membros da organização que atua no Peru desde pelo menos 2018.

"O Peru é um dos países onde foram capturados [mais] delinquentes estrangeiros, 3.600 deles de nacionalidade venezuelana, pelo menos 520 integrantes do Tren de Aragua", disse Arriola a uma emissora de rádio local.

Ele respondia aos comentários do ex-ministro do Interior Rubén Vargas, que afirmou que a criminalidade está fora de controle e não há objetivos claros para enfrentá-la.

O chefe de polícia destacou, ainda, os feitos alcançados pela operação "Amanhecer Seguro", da qual participaram 17 mil efetivos e que contou com o apoio da presidente Dina Boluarte.

Há "395 requisitados [processados judicialmente], 690 pessoas de diversos delitos, 48 armas de fogo [...] apreendidas, 56 veículos recuperados, 480 celulares também recuperados, produto de ilícitos penais", assegurou Arriola.

"Em nenhum país são mantidos 3.600 criminosos estrangeiros em estabelecimentos penais. Aqui foram capturadas lideranças do Tren de Aragua", destacou.

O chefe da polícia afirmou que, em virtude dos êxitos obtidos, as autoridades policiais peruanas mantiveram reuniões com seus pares do Equador e do Chile para falar das estratégias "que estão baseadas em inteligência operacional, investigação e em coordenação com o Ministério Público e o Poder Judiciário".

A organização criminosa Tren de Aragua foi formada em 2014 no estado venezuelano de Aragua e se estendeu para oito países sul-americanos, entre eles Colômbia, Peru e Chile, de acordo com informes de inteligência.

É acusada de tráfico de seres humanos, assassinatos, sequestros, roubos, narcotráfico e extorsão.

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