A União Europeia chegou nesta segunda-feira (24) a um acordo para liberar 1,4 bilhão de euros (R$ 8 bilhões), o primeiro montante para ajudar a Ucrânia procedente dos juros de ativos russos congelados, anunciou em Luxemburgo o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell.
"Os benefícios excepcionais gerados pelos ativos russos congelados na Europa — e não os ativos em si — serão utilizados o mais rápido possível em benefício da Ucrânia", prometeu Borrell após uma reunião de ministros de Relações Exteriores do bloco.
Cerca de "1,4 bilhão de euros estarão disponíveis no próximo mês, e outros 1 bilhão (quase R$ 6 bilhões na cotação atual) antes do fim do ano" para ajudar Kiev a comprar armas, especificou em uma coletiva de imprensa.
A Hungria expressou sua indignação com a decisão, ao considerar que deveria ter sido tomada por unanimidade.
O chefe da diplomacia europeia afirmou ainda que a Hungria não pode levantar objeções, uma vez que se absteve durante as discussões anteriores sobre a utilização destes ativos congelados.
"Uma linha vermelha foi ultrapassada. Nunca se demonstrou este desprezo pelas regras europeias", denunciou o ministro das Relações Exteriores húngaro, Peter Szijjarto.
Cerca de 300 bilhões de euros (R$ 1,7 trilhão) russos foram congelados mundialmente após a invasão russa na Ucrânia em fevereiro de 2022, e a maior parte deles está na Bélgica (em torno de 190 bilhões de euros ou R$ 1 trilhão).
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