O governo colombiano anunciou nesta segunda-feira (24) que vai aumentar o preço do diesel para as grandes mineradoras, petrolíferas e outras indústrias no fim de julho, com o objetivo de reduzir o déficit de um fundo estatal para estabilizar os preços dos combustíveis.
O aumento afetará cerca de 150 empresas incluídas em uma lista de "grandes consumidores", ou seja, aquelas que adquirem mensalmente mais de 20 mil galões (cerca de 76 mil litros) de diesel, disse o ministro das Finanças, Ricardo Bonilla.
"Aqueles que têm uma operação logística especial" para se abastecerem com diesel, como petrolíferas, mineradoras e cimenteiras, serão afetados, anunciou Bonilla em uma gravação publicada pela conta de seu ministério na rede social X.
Um fundo estatal cobre a diferença entre os preços dos combustíveis no mercado internacional e os fixados pelo Executivo colombiano.
O mecanismo fez com o que o governo destinasse 36 bilhões de dólares (R$ 195 bilhões) no ano passado para manter os preços estáveis.
O ministro não especificou o aumento percentual.
Atualmente, o preço do galão de diesel (3,8 litros) varia entre 9.000 e 10.000 pesos colombianos (entre R$ 11,3 e R$ 12,9).
O governo espera poupar cerca de 145 milhões de dólares (R$ 783 milhões) a cada ano com esta medida.
O aumento entrará em vigor a partir da primeira semana de julho e não se aplicará aos transportes públicos e de mercadorias.
As empresas que operam em áreas não abrangidas pelo sistema elétrico também não serão afetadas. Ao chegar ao poder em agosto de 2022, o presidente Gustavo Petro encarou um grande déficit neste fundo estatal.
Para reduzi-lo, o governo aumentou gradativamente os preços da gasolina, sem afetar até o momento os preços do diesel.
Petro culpa seu antecessor, Iván Duque (2018-2022), pelo desfalque.
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