O jornal americano The Wall Street Journal denunciou como falsas as acusações contra seu repórter Evan Gershkovich, que está sendo julgado na Rússia pelo suposto crime de espionagem, enquanto a Casa Branca afirmou que fará todos os esforços para trazê-lo "de volta para casa".

"É indignante vê-lo em um tribunal para um julgamento manipulado, que ocorre em segredo e baseado em acusações inventadas", declararam os diretores do jornal Almar Latour e Emma Tucker em um comunicado nesta quarta-feira (26).

Gershkovich, de 32 anos, foi preso na Rússia há 15 meses durante uma viagem de cobertura pelo país por espionagem. O jornalista, que nega as acusações, compareceu nesta quarta a um tribunal na cidade de Ecaterimburgo no primeiro dia de seu julgamento, que acontece a portas fechadas.

O governo do presidente democrata Joe Biden reiterou que está trabalhando para conseguir sua libertação.

"Queremos que Evan e (o ex-fuzileiro) Paul (Whelan) saibam que estamos profundamente preocupados com seu bem-estar e que este governo continuará fazendo tudo o que for possível para que voltem para casa", disse o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional americano, John Kirby.

Gershkovich, que também trabalhou para a AFP em Moscou em 2020 e 2021 e pode se condenado a até 20 anos de prisão, é acusado de ter coletado informações confidenciais para a CIA sobre uma das principais fabricantes de armas russas, a Uralvagonzavod.

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