A polícia espanhola anunciou nesta quarta-feira (26) que prendeu o proprietário do bar-restaurante cujo terraço ruiu no mês de maio, em Palma de Maiorca, nas turísticas Ilhas Baleares. O acidente deixou quatro mortos, incluindo dois alemães e um senegalês.
Agentes do grupo de homicídios da Polícia Nacional prenderam o responsável pela empresa que explorava o negócio pelo seu suposto envolvimento em "quatro homicídios por imprudência grave", relacionados aos óbitos, e seis crimes de "lesões graves por imprudência", disse o órgão de segurança em um comunicado.
A detenção ocorreu no final do inquérito policial, que apurou que os fatos foram causados pelo desabamento de "parte de uma cobertura que estava anexa ao terraço do local de funcionamento do negócio, para o qual não existia licença ou permissão", de acordo com o comunicado.
Estas reformas provocaram “uma sobrecarga de peso” no edifício que, juntamente com a superlotação de 21 pessoas no espaço, “provocou o desabamento da estrutura e o seu afundamento”, acrescenta o texto.
A polícia não identificou o detido, mas segundo a imprensa local trata-se do empresário austríaco Christian Arnsteiner, proprietário da empresa Medusa Beach, que administra o bar-restaurante com o mesmo nome localizado em Playa de Palma, zona da capital da ilha de Maiorca, muito frequentada por turistas estrangeiros.
Na noite de 23 de maio, o terraço coberto do primeiro andar do bar-restaurante, situado à beira-mar virado para o Mar Mediterrâneo, desabou no piso térreo, fazendo com que este também afundasse no subsolo.
No acidente morreram quatro pessoas, dois alemães, um senegalês e uma espanhola que trabalhava no estabelecimento, enquanto outras quatorze pessoas ficaram feridas.
As Ilhas Baleares, conhecidas pelas suas águas cristalinas e praias paradisíacas, são o segundo destino turístico de Espanha depois da Catalunha. Em 2023 receberam mais de 14 milhões de visitantes estrangeiros, segundo dados oficiais.
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