Carla Bruni, esposa do ex-presidente francês Nicolas Sarkozy, foi intimada para uma possível acusação no âmbito de uma investigação sobre o suposto financiamento ilegal da campanha do seu marido em 2007 com dinheiro da Líbia, disse uma fonte à AFP neste sábado (29). 

Segundo esta fonte próxima ao caso, a modelo e cantora de 56 anos é suspeita de encobrir a manipulação de testemunhas e de estar envolvida em uma tentativa de subornar funcionários judiciais libaneses, entre outras infrações.

Bruni poderia ser indiciada ou considerada testemunha assistida, o que no sistema jurídico francês implica que a pessoa foi citada, mas não há suspeita suficiente para justificar a sua acusação. 

A data da convocação não foi especificada. Bruni já foi interrogada duas vezes pelos investigadores, primeiro como testemunha em junho de 2023 e como suspeita em maio.

Sarkozy, presidente de França entre 2007 e 2012, foi acusado de possível manipulação de testemunhas em outubro de 2023, como parte da litania de processos judiciais que acumulou. 

A investigação procura esclarecer por que uma testemunha-chave no caso, o empresário franco-libanês Ziad Takieddine, alegou que entregou pastas contendo milhões de euros do ditador líbio Muammar Gaddafi ao chefe da equipe de Sarkozy e depois se retratou. 

Os investigadores suspeitam que pessoas próximas de Sarkozy podem ter trabalhado para que Takieddine mudasse a sua história.

Uma investigação mostrou que Bruni apagou todas as mensagens trocadas com Michele Marchand, considerada a rainha dos paparazzi na França, no dia em que Marchand foi acusada de manipulação de testemunhas, em junho de 2021.

Sarkozy será julgado no início de 2025 por supostamente ter recebido fundos da Líbia na sua campanha sob a acusação de “encobrir desvios de verba” e “financiamento ilegal de uma campanha eleitoral”, acusações que o ex-presidente de direita nega.

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